Web Rádio Chiado de Chinelo

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Com amor, o evento EREIPA se encerrou

A última mesa-redonda (A Educação Popular em Saúde: trajetórias e desafios) do EREIPA contagiou o público com reflexões sobre educação popular. A Profº Kátia Suely falou sobre seu projeto de extensão em fisioterapia que atua nas comunidades na cidade de João Pessoa. Ela traçou um histórico do projeto e destacou suas principais evoluções e mudanças, dentre elas a visão de preservação das pessoas assistidas e suas reabilitações, além da aproximação dos estudantes com os sujeitos, mudando suas concepções das práticas de saúde, relações pessoais e adequação ao contexto local. O projeto intitulado "Educação Popular e a Atenção à Saúde da Família", busca conhecer as raízes dos problemas de saúde de determinada comunidade, conhecer as formas que as pessoas elaboram estratégias para enfrentarem os problemas de saúde, e executa uma educação dialógica, respeitando os saberes dos sujeitos. Para a professora, foi um processo de aprendizagem sua relação com a realidade deles. A partir do reconhecimento das habilidades e capacidades dos sujeitos da comunidade, a troca de saberes é desenvolvida.

O segundo expositor foi o Profº Eymard Mourão, que trouxe uma reflexão da educação popular através do significado do 'amor'. A paixão pelo trabalho social promove um melhor desempenho das atividades e maiores resultados. Durante a exposição ele citou vários filósofos que discutiam sobre o amor, citando  o tratado do amor de Platão.

A terceira expositora, Profª Maria Francilene Leite, discorreu sobre sua experiência na extensão em educação popular, quando participou do projeto "Educação Popular e a Atenção à Saúde da Família" em 2010. Para ela, as visitas às casas não eram apenas para tratar de saúde, "mas ajudar àquela comunidade no sentido de ouvir suas necessidades, problemas, respeito, havia uma aproximação entre nós", disse.

Ao abrir espaço para o público, muitos estudantes reafirmaram sua paixão em fazer parte de um projeto de extensão e ressaltarão que para realizar o trabalho é preciso amor. O evento encerrou com o lançamento de um livro digital intitulado: "Face a face com os populares- dobrando as subjetividades citadinas", apresentado e organizado pelas Professoras Zélia Maria de Arruda Santiago e Keila Queiroz e Silva e construído com artigos do grupo Pet Conexões de Saberes, do PIATI.

Todos os GT`S foram muito bem prestigiados com temáticas sobre Educação Ambiental, com a coordenação da Profa. Silvana Eloísa Ribeiro, Educação Intergeracional, profa. Zélia Maria de Arruda santiago, Educação Patrimonial, profa. Keila Queiroz e Silva e Educação Popular com a coordenação das professoras Patrícia Alves e Lindaci da UEPB.

O evento foi marcado também pelas Estações patrimoniais sobre a História da Paraíba, mais especificamente sobre a Revolução de 1817 no estado, com a coordenação da historiadora Eliete de Queiroz Gurjão Silva e seus orientandos no projeto "Antes que se apague completamente...". A segunda Estação foi sobre a História de Campina Grande e a história do bairro das Malvinas, bem como a exposição de seu patrimônio cultural, com a coordenação da historiadora Keila Queiroz e Silva.

Mariana Ramos Pimentel

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

GT 06: Educação Intergeracional no espaço escolar e extraescolar.

Último dia de evento e vários trabalhos apresentados nesta manhã no GT6, o qual participei, que desenvolveram novos olhares e percepções de práticas de ensino. 

Os trabalhos giraram em torno de relatos de experiências em projetos, reflexões sobre possibilidades de inserção de atividades lúdicas nos intervalos de aula, análise de conteúdos em livros didáticos de língua inglesa sobre o ensino e como o idoso é abordado nos temas família, resgate da história local de Lagoa de Dentro através da história oral narrada pelos idosos que moram lá, o uso do computador para alfabetização intergeracional no campo e na cidade, análise do discurso dos depoimentos das idosas alfabetizadas no PIATI (Programa Interdisciplinar de Apoio a Terceira Idade) ratificando seu processo de aprendizagem quando as mesmas passaram a ensinar a seus netos, atividades em comunidades como a Vila dos Teimosos no intuito de aplicar o ensino e verificar a realidade social das crianças, práticas de ensino vinculando as literaturas que traz como tema o idoso, significações dos ambientes representadas pelas crianças através de desenhos de sua realidade, valorização e reconhecimento do local/origens pelos moradores do Pedregal e Conjunto Cirne a partir de depoimentos intergeracionais que revelam suas percepções e ideologias de onde vivem, entre outros temas.

Diante disso, percebemos o quão a intergeracionalidade e o novo olhar para práticas transdisciplinares de ensino está intrínseco nas novas pesquisas e experiências. São discussões que perpassam os muros acadêmicos e nos põe no real, tecendo novos sujeitos e (re)descobrindo potenciais sociais que foram minimizados ou preconizados. 

Mariana Ramos Pimentel


terça-feira, 11 de dezembro de 2012

“I Encontro Regional de Educação Popular, Intergeracional, Patrimonial e Ambiental: Reflexões Transdisciplinares”


Após meses sem postar, saúdo os internautas e trago nessa publicação de hoje um apanhado geral do que vem sendo discutido desde ontem (10/12/2012) e hoje no evento realizado pelas Universidade Federal de Campina Grande e Universidade Estadual da Paraíba, intitulado “I Encontro Regional de Educação Popular, Intergeracional, Patrimonial e Ambiental: Reflexões Transdisciplinares”. Acho relevante publicar algo sobre o evento, pois trata-se de um campo transdisciplinar que não deixa de envolver o ensino.


O evento que tem como objetivo reunir docentes e alunos do meio acadêmico-científico, além dos atores sociais das diversas faixas etária para colocar em discussão experiências de pesquisa e extensão, além de histórias de vida relacionadas aos campos dos saberes da Educação Popular, Intergeracional e Patrimonial numa perspectiva transdisciplinar.

No primeiro dia, tivemos uma mesa-redonda que destacou experiências nos campos da Cultura Popular, Educação Ambiental e Educação Patrimonial. Um dos expositores que tratou da cultura popular, o Prof. Dr. Francisco de Assis, destacou um pensador que diz “a cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. Para compreender, é essencial conhecer o lugar social de quem olha" (Leonardo Boff).

No segundo dia tivemos duas mesas. 

1ª Mesa:
A primeira mesa contou com a participação do professor Dr. Luiz Custódio, com uma discussão na área do jornalismo. Nomes como José Marques de Melo e Luiz Beltrão, importantes na comunicação por suas influências e contribuições na área de Folkcomunicação, foram citados. O grande destaque mostrado foi o jornalista e escritor brasileiro, Alberto Dines. A partir de suas experiências e seu olhar crítico da mídia, Alberto Dines contribuiu para o desenvolvimento de estudos avançados em jornalismo, avaliações críticas dos jornais e da mídia, recuperando conceitos da Escola de Frankfurt e os aplicando à imprensa hoje.

O segundo expositor foi o Prof. Dr. Manoel Freire, o qual apresentou o projeto criado na Universidade Estadual da Paraíba que é a UAMA - Universidade Aberta à Maturidade. Ele explicou que o projeto foi uma adaptação àquilo que já existia na Espanha, época que estudou lá, porém com aspectos da realidade local. O objetivo é mudar a qualidade de vida dos idosos. Qualquer idoso pode participar, basta ter mais de 60 anos. Os conteúdos trabalhados envolvem: saúde e qualidade de vida; educação e cidadania; cultura e lazer; cultura e sociedade. Para o professor, a população idosa está aumentando, enquanto que os jovens estão morrendo mais.

O terceiro expositor foi o  Dr. William Alves, o qual lidera o projeto odontogeriatria e atua com bolsistas no Centro de Convivência do Idoso, da secretaria municipal de assistência social de Campina Grande. Para ele, trabalhar com idosos é mais prazeroso e traz alegria, mais vontade de viver, pois eles transmitem uma energia boa.  

A quarta expositora foi a Profa. Dra. Silêde Leila,  falando sobre o direito à memória e a ressignificação de termos e conceitos tradicionais que preconizam ou negativizam os espaços que abrigam os idosos. Os abrigos são espaços onde os idosos reassumem suas atividades sociais, aprendem novos exercícios físicos, mentais e manuais, se mantendo ativos.

Por fim, a quinta e última expositora Profa. Márcia Adelino discutiu um pouco sobre educação popular como uma construção de referencial para cidadania. Para ela, a educação popular é deixar que as pessoas falem e não apenas levar o conhecimento à população. "Eu preciso ouvir para reconstruir", disse. Segundo Márcia, Paulo Freire diz que há uma invasão cultural quando levamos o conhecimento e o depositamos em um lugar, sem absorver/ouvir o que as pessoas do local tem a nos oferecer.

2ª Mesa:
A segunda mesa iniciou-se com a Profa. Dra. Mª Lindaci Gomes, relatando experiências em comunidades quilombolas sobre memórias e práticas culturais. A professora começa elencando quatro modelos de velhice: a da repulsão que excluem os idosos da sociedade; a dos serviços sociais e entretenimento; a da participação, em que os idosos assumem novos papéis; e, a da autorealização, na qual os idosos, a partir de suas experiências de vida, crescem e desenvolvem criatividades. É nesse último modelo que a experiência foi embasada na comunidade, trabalhando-se com idosos quilombolas. Ela destaca que dois tipos de memória fazem parte dessa comunidade: a memória remanescente, em que os  mais velhos não reconhecem suas identidades, se dizem mulatos e não negros, além de suas resistências quanto ao fato de aceitarem ser quilombolas; e a memória ressignificada ou ressurgente, em que os mais jovens reconhecem suas origens e aceitam suas identidades. Ao final, a professora fala sobre práticas de cura narradas por mulheres dessa comunidade, assumindo o papel de medicina alternativa, através de garrafadas e rezas que curam, por exemplo.

A segunda expositora, Profa. Dra.  Mércia Rejane, fez um apanhado de conceitos antropológicos sobre a concepção de quilombo e suas ressiginificações. Através de suas experiências na comunidade dos grilos, ela delineou as memórias que resgatou desses quilombolas. O tema memórias também foi elucidado pelo terceiro expositor,  o Profº Dr. José Gabriel, em que através de um programa desenvolvido na universidade que tenta estabelecer o lugar para a memória, explana sua experiência sobre as memórias dos Potiguares. Para ele, precisamos desafiar e refletir sobre as práticas de memória e diversidade no nosso cotidiano. 

Por fim, a última expositora, Profa. Dra.  Patrícia Aragão, finaliza a mesa tratando do diálogo intergeracional, cultural e educacional nos quilombos que geram uma cidadania cultural.


O evento segue até amanhã com grupos de trabalhos e mesas redondas. A programação pode ser acessada através do site: http://ereipa.wix.com/ereipa


Mariana Ramos Pimentel

sábado, 29 de setembro de 2012

Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação

Há muito não tenho postado no blog. Hoje estou trazendo um artigo o qual apresentei no congresso da Intercom: Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, em Fortaleza. No trabalho eu busquei refletir sobre a prática pedagógica dos educadores enquanto mediadores da inserção das novas tecnologias na sala de aula. Mostro os desafios e perspectivas deles em compreender a utilização dessas tecnologias  na educação como possibilidade de novas práticas de ensino e letramento digital dos educandos.
Abaixo segue o link do artigo completo.
Boa leitura e reflexão!!!

http://www.intercom.org.br/sis/2012/resumos/R7-0032-1.pdf

sábado, 3 de março de 2012

Quarto dia, segunda parte: Palestra: Novas Tecnologias na sala de aula

A palestra do dia 31/01 contou com a presença de 14 pessoas, todos professores. Apresentamos slides apontando trechos de uma cartilha sobre tecnologias na escola, do autor Saebre, ano 2010. Foi discutido com o público temas como: orientação dos pais ao uso da internet pelos filhos; medo de usar aparatos tecnológicos em sala de aula pelos professores; a falta de acesso à internet em algumas escolas do município, o que limita o trabalho no computador; o perigo do mau uso do computador pelos jovens. Mostramos que as novas tecnologias na escola funcionam não apenas como ferramenta de pesquisa e comunicação, mas também como elemento de motivação.
Questionamos ao público sobre a inclusão digital do município; se as escolas possuem computadores; e, se os professores já utilizaram das ferramentas tecnológicas para ministrar aula. As respostas mostraram que algumas escolas possuem computadores, mas muitas não têm internet. Além disso, a maioria dos professores não sabe como utilizar pedagogicamente as tecnologias. Finalizamos a palestra com a apresentação de blogs, ratificando que o mesmo é uma ferramenta de motivação que explora tanto a escrita quanto a leitura. Com isso, foi mostrado rapidamente como criar um blog, no qual o público ficou interessado.





Último dia das atividades de educação.

Quarto dia: Conhecendo e desenvolvendo a leitura (III)

Na terceira etapa do mini-curso ‘Conhecendo e desenvolvendo a leitura’ do dia 31/01 tivemos a presença de 14 pessoas. Iniciamos com a apresentação de 3 vídeos que tratavam das práticas de leitura no Ensino Fundamental, relacionando com as discussões anteriores sobre concepções e estratégias de leitura. Durante as apresentações pausávamos para discutir pontos importantes retratados nos vídeos, dentre as discussões falamos sobre: família como base para educação; relações afetivas com os professores como alternativa para motivação dos alunos; textos com imagens, os quais incentivam a leitura e auxiliam na compreensão; uso de textos da realidade dos alunos; e, respeito a forma de tratamento com os professores. Para concluir, solicitamos ao público que escrevessem e avaliassem seu conhecimento sobre o que é leitura depois dos 3 dias de mini-curso, relacionando com o que discutimos no último dia e os vídeos assistidos.


Terceiro dia: Conhecendo e desenvolvendo a leitura (II)

A atividade do dia 30/01 reuniu 18 pessoas e relembramos o encontro anterior sobre o que é leitura e o gênero textual História em Quadrinho. Com isso, apresentamos e exemplificamos os gêneros textuais: argumentativo; descritivo; expositivo; injuntivo; narrativo; e, digital. Falamos que dentro dos gêneros textuais existem as tipologias que são: carta do leitor, carta ao leitor, artigo de opinião, crônica, poema, entre outros.
Diante disso, foram lidos 4 tipos de textos: um artigo de opinião, uma carta ao leitor, um poema e uma crônica. Depois da leitura de cada texto discutimos a que tipologia e gênero textual cada um deles pertenciam. Em seguida, tivemos uma discussão proveitosa sobre a temática trazida por cada texto, bem como os discursos usados pelo autor.  Por fim, falamos dos elementos da textualidade os quais estão contidos em todos os textos, mas que só percebemos através de uma leitura minuciosa, eles são: informatividade, intertextualidade, situacionalidade, aceitabilidade e intencionalidade. Através deles conseguimos identificar o que realmente um texto está informando.



Segundo dia de atividades. Mini-curso: Conhecendo e desenvolvendo a leitura (I)

Na atividade do dia 27-01 contamos com a presença de33 pessoas para desenvolver conceitos, a partir das experiências do público, do que é ler/leitura. O público falou que ler é interagir, adquirir conhecimento, informação, compreensão. Com isso, foi questionado tipos de textos que eles lêem no dia-a-dia, tentando mostrar que tudo que lemos e conseguimos compreender ou que traz um significado para nós é um texto. Explicamos que todo texto pertence a um gênero textual e para iniciar a discussão sobre gênero mostramos o primeiro exemplo/atividade: a leitura de uma história em quadrinho (HQ).
Após a leitura individual e coletiva, perguntamos se o público já havia lido alguma HQ, de que personagens eles lembravam. Solicitamos que falassem quem eram os personagens da HQ do exemplo e suas características, neste caso Chico Bento e Zé Lelé. Iniciamos então a discussão sobre o conteúdo da HQ, o que eles entenderam. Mostramos que um texto não deve ser lido apenas na sua superfície, mas devemos atentar para as entrelinhas e, com isso, questionamos o porquê do uso de palavras caipiras pelo Chico Bento. Nesse contexto, discutimos as variantes lingüísticas elucidando que não existe um falar certo ou mais correto, mas adequar nossa fala a situação, de modo que não sejamos preconceituosos em relação ao sotaque ou fala de outrem.



Vimos os discursos que há por trás dessa HQ que são o do desmatamento, da seca, dos problemas ambientais. Os discursos servem para nossa compreensão do que realmente um texto quer nos passar, mas para isso precisamos nos situar num contexto. Assim, mostramos que estamos num contexto de problemas ambientais e com isso conseguimos compreender a intenção do autor na tirinha ao invés de apenas enxergar humor. Elucidamos que HQs não servem apenas para diversão e entretenimento de crianças, mas como conscientização conforme o tema o qual ela aborda.




Apresentamos de que forma se constrói personagens em uma estória, de modo a facilitar o entendimento e a criação de HQs pelo público. Assim concluímos a atividade com a produção de HQs, leitura e apresentação das mesmas, com o objetivo de verificar os diversos olhares que leitores podem ter de uma mesma HQ, olhares que dependem da leitura de mundo que cada sujeito possui sobre determinado assunto.



Primeiro dia de Atividades na cidade de João Lisboa - MA

Palestra sobre concepção e incentivo à leitura, apresentando os programas do governo: PNLL e o PROLER.  (realizada por Jéssica Rodrigues (pedagogia) e por mim (Letras))



Com um público de 110 pessoas, iniciamos a discussão em torno da concepção de leitura que eles tinham, observando os conceitos que alguns pensam sobre o que é ler.  Começamos a palestra e fomos questionando se o que estava sendo exibido existe no município ou se a própria população tem conhecimento sobre os programas do governo. A maioria do público relatou que conhecia os programas de incentivo à leitura.



Discutimos sobre a infra-estrutura do município, se há ambientes agradáveis de leitura, em que estado de conservação estão as bibliotecas e se as escolas possuem esses locais de leitura. O público afirmou que existe, contudo apenas nas de grande porte. Além disso, mesmo sem bibliotecas, os professores afirmaram que faziam uso dos livros. Apresentamos uma revista elaborada pela secretaria de educação básica a qual provoca a reflexão dos professores acerca do papel da leitura para a formação dos alunos, trazendo boas experiências dos municípios, além de reportagens e artigos  sobre outros tipos de leitura, como a leitura de imagens, fotográficas, de quadros, de músicas, da linguagem teatral. O público não conhecia a revista e achou interessante.
Discutimos sobre as avaliações que o país faz, mas que na verdade não modifica ou melhora a educação, uma vez que não influencia na mudança da pedagogia por parte dos professores. A partir disso, ressaltamos a importância do papel do professor em mudar essa ‘roupagem’ e inovar as aulas, sem utilizar a leitura apenas como forma de obter uma boa posição no ranking de escolas, mas buscar novas práticas de ensino, e, com isso iniciamos a palestra intitulada: Professor: um agente de letramento.
Na palestra discutimos o avanço do MEC quanto ao oferecimento da formação do professor no âmbito da leitura a partir do diagnóstico da realidade brasileira. Mesmo com esses avanços não há garantia de que os professores irão incentivar a leitura. Mostramos os aspectos do desenvolvimento no processo de leitura e do leitor.
Entregamos um poema (Brincando de não me olhe, de Elias José), o qual foi lido por um voluntário do público, na tentativa de mostrar como incentivar um aluno a ler através de textos atrativos e com linguagem de fácil acesso. Em seguida exibimos um vídeo do poeta Jessier Quirino o qual narra situações corriqueiras e com uma linguagem regional, de modo que seria possível uma aula utilizando desse recurso de vídeo que além de mostrar as variantes lingüísticas, possui ainda o caráter cultural-regional.
Em seguida, dividimos em grupos para uma dinâmica. Cada grupo elaboraria um plano de aula que abordasse o incentivo a leitura. O resultado foi satisfatório e ambos os grupos trocaram sugestões e experiências. Um grupo ressaltou a premiação como fator determinante para incentivo, de modo que os alunos ao ler ganhariam prêmios. Os alunos teriam um baú de história, o qual teria objetos e cada objeto retirado faria parte da história montada pelo aluno. A outra opção era assistir a um vídeo de mesmo assunto que o livro o qual desse suporte a criação de uma história pelos alunos depois que lessem o livro.







Retomando as postagens

Olá pessoal.
Nossa, desde o ano passado que o blog está parado por vários motivos. Contudo, sempre que possível estarei postando notícias sobre educação, ensino de línguas, práticas de atividades pedagógicas e experiências educacionais.
Então, para iniciar as postagens, dedicarei uma série de atividades realizadas por mim no Projeto Rondon que foi realizado em janeiro de 2012 na cidade de João Lisboa no Maranhão.
Para quem não conhece o Rondon vou explicar o que é e como funciona.


O Projeto Rondon, coordenado pelo Ministério da Defesa, é um projeto de integração social que envolve a participação voluntária de estudantes universitários na busca de soluções que contribuam para o desenvolvimento sustentável de comunidades carentes e ampliem o bem-estar da população. As atividades realizadas na comunidade são feitas conforme o curso do aluno rondonista e a demanda do local escolhido pelo Ministério da Defesa. O Projeto é realizado em parceria com diversos Ministérios e tem o apoio das Forças Armadas, que proporcionam o suporte logístico e a segurança necessários às operações. Conta, ainda, com a colaboração dos Governos Estaduais, das Prefeituras Municipais e de empresas socialmente responsáveis.
Foi criado em 1967 e durante as décadas de 1970 e 1980, permaneceu em franca atividade que tinha maior preocupação assistencialista, tornando-se assim conhecido em todo Brasil. No final dos anos noventa, o Projeto deixou de receber prioridade no Governo Federal, sendo extinto em 1989. Em 2005, já com uma nova roupagem, o Projeto Rondon voltou a figurar na pauta dos programas governamentais.
O Rondon tem por objetivos: contribuir para a formação dos universitários como cidadãos, integrá-los ao processo de desenvolvimento nacional, por meio de ações participativas sobre a realidade do País, concretizar nestes o sentido de responsabilidade social, coletiva, em prol da cidadania, do desenvolvimento e da defesa dos interesses nacionais, e estimulá-los a produzir projetos coletivos locais, em parceria com as comunidades assistidas.

Pertencíamos ao  conjunto A de ações do projeto, que contém os eixos da cultura, dos direitos humanos, da justiça, da saúde e da educação.