Web Rádio Chiado de Chinelo

sábado, 3 de março de 2012

Quarto dia, segunda parte: Palestra: Novas Tecnologias na sala de aula

A palestra do dia 31/01 contou com a presença de 14 pessoas, todos professores. Apresentamos slides apontando trechos de uma cartilha sobre tecnologias na escola, do autor Saebre, ano 2010. Foi discutido com o público temas como: orientação dos pais ao uso da internet pelos filhos; medo de usar aparatos tecnológicos em sala de aula pelos professores; a falta de acesso à internet em algumas escolas do município, o que limita o trabalho no computador; o perigo do mau uso do computador pelos jovens. Mostramos que as novas tecnologias na escola funcionam não apenas como ferramenta de pesquisa e comunicação, mas também como elemento de motivação.
Questionamos ao público sobre a inclusão digital do município; se as escolas possuem computadores; e, se os professores já utilizaram das ferramentas tecnológicas para ministrar aula. As respostas mostraram que algumas escolas possuem computadores, mas muitas não têm internet. Além disso, a maioria dos professores não sabe como utilizar pedagogicamente as tecnologias. Finalizamos a palestra com a apresentação de blogs, ratificando que o mesmo é uma ferramenta de motivação que explora tanto a escrita quanto a leitura. Com isso, foi mostrado rapidamente como criar um blog, no qual o público ficou interessado.





Último dia das atividades de educação.

Quarto dia: Conhecendo e desenvolvendo a leitura (III)

Na terceira etapa do mini-curso ‘Conhecendo e desenvolvendo a leitura’ do dia 31/01 tivemos a presença de 14 pessoas. Iniciamos com a apresentação de 3 vídeos que tratavam das práticas de leitura no Ensino Fundamental, relacionando com as discussões anteriores sobre concepções e estratégias de leitura. Durante as apresentações pausávamos para discutir pontos importantes retratados nos vídeos, dentre as discussões falamos sobre: família como base para educação; relações afetivas com os professores como alternativa para motivação dos alunos; textos com imagens, os quais incentivam a leitura e auxiliam na compreensão; uso de textos da realidade dos alunos; e, respeito a forma de tratamento com os professores. Para concluir, solicitamos ao público que escrevessem e avaliassem seu conhecimento sobre o que é leitura depois dos 3 dias de mini-curso, relacionando com o que discutimos no último dia e os vídeos assistidos.


Terceiro dia: Conhecendo e desenvolvendo a leitura (II)

A atividade do dia 30/01 reuniu 18 pessoas e relembramos o encontro anterior sobre o que é leitura e o gênero textual História em Quadrinho. Com isso, apresentamos e exemplificamos os gêneros textuais: argumentativo; descritivo; expositivo; injuntivo; narrativo; e, digital. Falamos que dentro dos gêneros textuais existem as tipologias que são: carta do leitor, carta ao leitor, artigo de opinião, crônica, poema, entre outros.
Diante disso, foram lidos 4 tipos de textos: um artigo de opinião, uma carta ao leitor, um poema e uma crônica. Depois da leitura de cada texto discutimos a que tipologia e gênero textual cada um deles pertenciam. Em seguida, tivemos uma discussão proveitosa sobre a temática trazida por cada texto, bem como os discursos usados pelo autor.  Por fim, falamos dos elementos da textualidade os quais estão contidos em todos os textos, mas que só percebemos através de uma leitura minuciosa, eles são: informatividade, intertextualidade, situacionalidade, aceitabilidade e intencionalidade. Através deles conseguimos identificar o que realmente um texto está informando.



Segundo dia de atividades. Mini-curso: Conhecendo e desenvolvendo a leitura (I)

Na atividade do dia 27-01 contamos com a presença de33 pessoas para desenvolver conceitos, a partir das experiências do público, do que é ler/leitura. O público falou que ler é interagir, adquirir conhecimento, informação, compreensão. Com isso, foi questionado tipos de textos que eles lêem no dia-a-dia, tentando mostrar que tudo que lemos e conseguimos compreender ou que traz um significado para nós é um texto. Explicamos que todo texto pertence a um gênero textual e para iniciar a discussão sobre gênero mostramos o primeiro exemplo/atividade: a leitura de uma história em quadrinho (HQ).
Após a leitura individual e coletiva, perguntamos se o público já havia lido alguma HQ, de que personagens eles lembravam. Solicitamos que falassem quem eram os personagens da HQ do exemplo e suas características, neste caso Chico Bento e Zé Lelé. Iniciamos então a discussão sobre o conteúdo da HQ, o que eles entenderam. Mostramos que um texto não deve ser lido apenas na sua superfície, mas devemos atentar para as entrelinhas e, com isso, questionamos o porquê do uso de palavras caipiras pelo Chico Bento. Nesse contexto, discutimos as variantes lingüísticas elucidando que não existe um falar certo ou mais correto, mas adequar nossa fala a situação, de modo que não sejamos preconceituosos em relação ao sotaque ou fala de outrem.



Vimos os discursos que há por trás dessa HQ que são o do desmatamento, da seca, dos problemas ambientais. Os discursos servem para nossa compreensão do que realmente um texto quer nos passar, mas para isso precisamos nos situar num contexto. Assim, mostramos que estamos num contexto de problemas ambientais e com isso conseguimos compreender a intenção do autor na tirinha ao invés de apenas enxergar humor. Elucidamos que HQs não servem apenas para diversão e entretenimento de crianças, mas como conscientização conforme o tema o qual ela aborda.




Apresentamos de que forma se constrói personagens em uma estória, de modo a facilitar o entendimento e a criação de HQs pelo público. Assim concluímos a atividade com a produção de HQs, leitura e apresentação das mesmas, com o objetivo de verificar os diversos olhares que leitores podem ter de uma mesma HQ, olhares que dependem da leitura de mundo que cada sujeito possui sobre determinado assunto.



Primeiro dia de Atividades na cidade de João Lisboa - MA

Palestra sobre concepção e incentivo à leitura, apresentando os programas do governo: PNLL e o PROLER.  (realizada por Jéssica Rodrigues (pedagogia) e por mim (Letras))



Com um público de 110 pessoas, iniciamos a discussão em torno da concepção de leitura que eles tinham, observando os conceitos que alguns pensam sobre o que é ler.  Começamos a palestra e fomos questionando se o que estava sendo exibido existe no município ou se a própria população tem conhecimento sobre os programas do governo. A maioria do público relatou que conhecia os programas de incentivo à leitura.



Discutimos sobre a infra-estrutura do município, se há ambientes agradáveis de leitura, em que estado de conservação estão as bibliotecas e se as escolas possuem esses locais de leitura. O público afirmou que existe, contudo apenas nas de grande porte. Além disso, mesmo sem bibliotecas, os professores afirmaram que faziam uso dos livros. Apresentamos uma revista elaborada pela secretaria de educação básica a qual provoca a reflexão dos professores acerca do papel da leitura para a formação dos alunos, trazendo boas experiências dos municípios, além de reportagens e artigos  sobre outros tipos de leitura, como a leitura de imagens, fotográficas, de quadros, de músicas, da linguagem teatral. O público não conhecia a revista e achou interessante.
Discutimos sobre as avaliações que o país faz, mas que na verdade não modifica ou melhora a educação, uma vez que não influencia na mudança da pedagogia por parte dos professores. A partir disso, ressaltamos a importância do papel do professor em mudar essa ‘roupagem’ e inovar as aulas, sem utilizar a leitura apenas como forma de obter uma boa posição no ranking de escolas, mas buscar novas práticas de ensino, e, com isso iniciamos a palestra intitulada: Professor: um agente de letramento.
Na palestra discutimos o avanço do MEC quanto ao oferecimento da formação do professor no âmbito da leitura a partir do diagnóstico da realidade brasileira. Mesmo com esses avanços não há garantia de que os professores irão incentivar a leitura. Mostramos os aspectos do desenvolvimento no processo de leitura e do leitor.
Entregamos um poema (Brincando de não me olhe, de Elias José), o qual foi lido por um voluntário do público, na tentativa de mostrar como incentivar um aluno a ler através de textos atrativos e com linguagem de fácil acesso. Em seguida exibimos um vídeo do poeta Jessier Quirino o qual narra situações corriqueiras e com uma linguagem regional, de modo que seria possível uma aula utilizando desse recurso de vídeo que além de mostrar as variantes lingüísticas, possui ainda o caráter cultural-regional.
Em seguida, dividimos em grupos para uma dinâmica. Cada grupo elaboraria um plano de aula que abordasse o incentivo a leitura. O resultado foi satisfatório e ambos os grupos trocaram sugestões e experiências. Um grupo ressaltou a premiação como fator determinante para incentivo, de modo que os alunos ao ler ganhariam prêmios. Os alunos teriam um baú de história, o qual teria objetos e cada objeto retirado faria parte da história montada pelo aluno. A outra opção era assistir a um vídeo de mesmo assunto que o livro o qual desse suporte a criação de uma história pelos alunos depois que lessem o livro.







Retomando as postagens

Olá pessoal.
Nossa, desde o ano passado que o blog está parado por vários motivos. Contudo, sempre que possível estarei postando notícias sobre educação, ensino de línguas, práticas de atividades pedagógicas e experiências educacionais.
Então, para iniciar as postagens, dedicarei uma série de atividades realizadas por mim no Projeto Rondon que foi realizado em janeiro de 2012 na cidade de João Lisboa no Maranhão.
Para quem não conhece o Rondon vou explicar o que é e como funciona.


O Projeto Rondon, coordenado pelo Ministério da Defesa, é um projeto de integração social que envolve a participação voluntária de estudantes universitários na busca de soluções que contribuam para o desenvolvimento sustentável de comunidades carentes e ampliem o bem-estar da população. As atividades realizadas na comunidade são feitas conforme o curso do aluno rondonista e a demanda do local escolhido pelo Ministério da Defesa. O Projeto é realizado em parceria com diversos Ministérios e tem o apoio das Forças Armadas, que proporcionam o suporte logístico e a segurança necessários às operações. Conta, ainda, com a colaboração dos Governos Estaduais, das Prefeituras Municipais e de empresas socialmente responsáveis.
Foi criado em 1967 e durante as décadas de 1970 e 1980, permaneceu em franca atividade que tinha maior preocupação assistencialista, tornando-se assim conhecido em todo Brasil. No final dos anos noventa, o Projeto deixou de receber prioridade no Governo Federal, sendo extinto em 1989. Em 2005, já com uma nova roupagem, o Projeto Rondon voltou a figurar na pauta dos programas governamentais.
O Rondon tem por objetivos: contribuir para a formação dos universitários como cidadãos, integrá-los ao processo de desenvolvimento nacional, por meio de ações participativas sobre a realidade do País, concretizar nestes o sentido de responsabilidade social, coletiva, em prol da cidadania, do desenvolvimento e da defesa dos interesses nacionais, e estimulá-los a produzir projetos coletivos locais, em parceria com as comunidades assistidas.

Pertencíamos ao  conjunto A de ações do projeto, que contém os eixos da cultura, dos direitos humanos, da justiça, da saúde e da educação.